O dublador de Geralt de The Witcher, Doug Cockle, expressou seu medo pela cultura da IA em entrevista ao IGN,
Mesmo com os grandes avanços que dificilmente serão parados ao longo do ano, Cockle expressou o quanto a cultura pode ser prejudicial e antiética, especialmente em usos indevidos.
A IA é inevitável e os produtores irão usá-la. No entanto, não temos 100% de certeza do que isso significa exatamente.
Eles já fazem isso de diversas maneiras, preenchendo o background, dando voz aos NPCs e assim por diante, o que é lamentável porque essas vozes eram todas de seres humanos num determinado momento, e as vozes são todas modeladas em seres humanos.
O dublador de The Witcher destacou preocupações com intenções controversas relacionadas à inteligência artificial, expressando receios sobre a possibilidade de manipulação de áudios reais para criar conteúdo prejudicial, como mensagens racistas ou notícias falsas, resultando em problemas sérios.
Eles pegam a voz de alguém, colocam em seu banco de dados, digitalizam e usam para gerar coisas que a pessoa nunca disse. Há algo antiético nisso.
Alguém poderia usar a inteligência artificial para criar algo racista ou antiético usando a voz de Geralt, a minha voz. Neste ponto, a inteligência artificial torna-se perigosa. Notícias falsas, opiniões falsas. Portanto, a IA não é o problema. São as pessoas que a usam.
Recentemente, no mês passado, o jogo Naruto X Boruto Ninja Storm Connections foi criticado por suposto uso de IA pelos próprios dubladores do jogo.
No vídeo comparativo, os fãs apontaram a diferença àspera com que as vozes são dubladas em uma cena de luta entre Naruto e Sasuke.
Cockle dublou Geralt nos três primeiros jogos da franquia. Com um remake e vários games planejados, é possível que o profissional volte a dublar o personagem em outros jogos.