Taylor Swift: golpe de falsa doação de panelas usa deepfake de cantora
    Créditos: Reprodução/Guardio

    A cantora Taylor Swift é a mais nova isca usada para a prática de crimes virtuais. De acordo com uma reportagem do jornal The New York Times, a artista foi usada como forma de atrair vítimas para um esquema fraudulento que cobra mensalidades

    Anúncios falsos encontrados em plataformas como o Facebook apontam para um vídeo em que um clone de Swift, que teve aparência e voz copiadas por inteligência artificial (IA), cita uma suposta doação de panelas da tradicional fabricante Le Creuset. Entretanto, tudo não passa de uma forma de conseguir os dados bancários das vítimas para fazer cobranças indevidas e aplicar outros tipos de golpe.

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    Nos vídeos dos anúncios, como mostra a empresa de segurança Guardio, Swift tem principalmente a voz clonada por IA. Além disso, durante poucos segundos, um clone digital que imita o rosto da cantora também aparece na tela.

    Além da popularidade de Swift e de sua influência entre os fãs, a cantora é uma fã declarada das panelas da Le Creuset, fato usado para aumentar a credibilidade do golpe.

    O vídeo é um clássico esquema fraudulento que já foi adaptado para outros produtos, como iPhones. Na descrição da falsa doação, os criminosos informam que um lote inteiro de panelas foi considerado defeituoso por problemas na embalagem e, por isso, serão doados ou sorteados.

    O golpe está na cobrança de uma taxa de envio, que neste caso é de US$ 9,96 — aproximadamente R$ 48 em conversão direta de moeda. Após o pagamento, além de não receber os itens prometidos, o usuário é cadastrado em uma cobrança mensal do mesmo valor. O pagamento recorrente é feito sem autorização e tem difícil cancelamento.

    Em oportunidades futuras, os criminosos podem ainda adicionar falsas telas de cadastro ou aplicar golpes via phishing no site. Na pior das hipóteses, isso pode levar a vítima a ter contas invadidas ou dinheiro roubado.

    Esse não é o primeiro caso de um astro global tendo a imagem copiada em anúncios, sejam eles falsos ou não. Em outubro de 2023, o ator Tom Hanks denunciou uma empresa de plano de saúde dental nos Estados Unidos por usar um deepfake seu criado por IA para vender o serviço. Meses depois, Scarlett Johansson processou uma marca por clonar a sua voz digitalmente.

    No Brasil, um caso similar já foi registrado envolvendo o médico Drazio Varella. Ele teve o rosto associado de forma falsa à venda de remédios e substâncias que prometem falsas curas.

    Fontes: The New York Times, Guardio

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