Inteligência Artificial
    Créditos: Pixabay/Reprodução

    A Inteligência Artificial tem abalado o mercado de trabalho e hoje em dia 3 em cada 4 brasileiros demonstra ter medo de perder o emprego para a tecnologia.

    Em pesquisas recentes, trabalhadores do mundo todo, em diversos segmentos, falaram sobre suas inseguranças quanto aos avanços da IA, mas uma parcela também enxerga oportunidades de crescimento ao utilizar essa novidade.

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    É inegável a importância da Inteligência Artificial para automação de certos processos nas empresas de qualquer área atualmente. Mas o seu uso tem trazido preocupação para trabalhadores mundo afora, por não saber se suas atividades se tornarão obsoletas ou se poderão se aprimorar e utilizar a tecnologia a seu favor. 

    Em uma pesquisa recente do Page Interim, unidade de negócio do PageGroup especializada em recrutamento, 76,6% dos entrevistados afirmaram que a IA pode afetar parcialmente seu posto de trabalho.

    A pesquisa foi realizada na América Latina, entre novembro e dezembro de 2023, com a participação de  5.354 profissionais. E o medo de ter sua posição tomada pela IA é grande em diversos países onde a pesquisa foi conduzida, com Panamá (69%), México (68%), Peru (66%), Colômbia (65%), Chile e Argentina (63%) apresentando porcentagem altas de rejeição a tecnologia.

    Por outro lado, existem profissionais empolgados com a adesão de recursos baseados em IA em suas profissões. Muitos deles pensam em se especializar na tecnologia para continuar crescendo dentro das empresas em que atuam.

    Num estudo anual conduzido pela Workmonitor, que abrange 34 mercados em todo o mundo, entre Europa, Ásia-Pacífico e Américas,  com 27 mil profissionais entrevistados, indica que aproximadamente metade dos brasileiros (48%) afirmou que não aceitaria um emprego que não oferecesse treinamento para garantir o futuro de suas habilidades, enquanto o marcador global foi de 36%.

    Os brasileiros demonstram que a IA é o principal tema de interesse na aprendizagem para 45% dos entrevistados, superando a média global de 29%, o que reafirma o interesse local e a fama de brasileiros de serem early adopters, principalmente em tecnologia.

    Diante da popularização de inovações, como a inteligência artificial, que já começou a transformar diretamente a forma como trabalhamos, as oportunidades de desenvolvimento de habilidades se tornaram inegociáveis para os talentos – cada vez mais interessados em aprender e potencializar suas capacidades. O Workmonitor mostra que cerca de 60% das empresas brasileiras já estão auxiliando ativamente seus colaboradores no desenvolvimento de habilidades necessárias para suas carreiras, incluindo IA, assim como 52% observados globalmente. Essa tendência reflete a conscientização das empresas sobre a importância crucial de se preparar para o que está por vir, garantindo não apenas a sustentabilidade de suas operações, mas também o desenvolvimento contínuo de uma força de trabalho resiliente e adaptável no futuro.

    Lucas Crepaldi, Head de Marketing da Randstad Brasil

    No quesito motivacional, 56% dos respondentes declaram ter ambição em relação às suas carreiras, destacando-se a Geração Z globalmente (38%) e os Millennials no Brasil (40%). Quase 61% dos profissionais brasileiros expressam o desejo de assumir mais responsabilidades gerenciais (em comparação com 47% a nível global).

    Apesar da grande apreensão com a chegada da IA, os brasileiros têm se mostrado dispostos a explorar a tecnologia, aprender como ela pode lhe beneficiar e se especializar em seu uso para crescimento profissional.

    FONTE: Randstad

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