A Temu, plataforma de e-commerce chinesa do grupo Pinduoduo, recebeu autorização da Receita Federal para operar no Brasil sob o programa Remessa Conforme. A partir de agora, os consumidores brasileiros poderão adquirir produtos da plataforma com isenção do imposto de importação de 60%, desde que o valor da compra seja de até US$ 50.
A Temu, fundada em 2022, se destaca pela variedade de produtos oferecidos, desde eletrônicos e roupas até móveis e utensílios domésticos. A empresa ganhou popularidade nos Estados Unidos com o slogan “compre como um bilionário”, superando as vendas da concorrente Shein.
Com a entrada no Remessa Conforme, a Temu se junta a outras empresas que já operam no programa, como Shein, 3cliques e Tiendamia. A expectativa é que a adesão ao programa impulsione ainda mais as vendas da plataforma no Brasil, oferecendo aos consumidores preços mais competitivos e maior variedade de produtos.
A isenção do imposto de importação é um dos principais atrativos do Remessa Conforme, mas a Temu ainda deverá cobrar o ICMS de 17% sobre as compras realizadas pelos consumidores brasileiros. A empresa está em fase de implementação dos sistemas necessários para cumprir as exigências do programa.
A entrada da Temu no mercado brasileiro representa um novo capítulo na expansão do e-commerce no país. A crescente demanda por produtos importados e a busca por preços mais acessíveis impulsionam a entrada de novos players no mercado, intensificando a concorrência e oferecendo aos consumidores mais opções de compra.
A Receita Federal tem flexibilizado as regras do Remessa Conforme, facilitando a entrada de novas empresas no programa. No entanto, essa flexibilização tem gerado críticas de algumas empresas já participantes, que alegam que as mudanças podem comprometer a conformidade do programa e prejudicar a fiscalização.
Enquanto o Congresso discute a possibilidade de acabar com a isenção do imposto de importação para compras de até US$ 50, a entrada da Temu no Remessa Conforme representa uma oportunidade para os consumidores brasileiros aproveitarem os benefícios fiscais enquanto eles ainda estão disponíveis.
Fonte: Exame