Créditos: WikiLeaks/Divulgação

    Julian Assange, criador do WikiLeaks, foi libertado da prisão na Inglaterra, durante a manhã desta terça-feira (25). De acordo com informações, ele concordou em se declarar culpado por violar a Lei de Espionagem. Quem divulgou as imagens da liberação foi o próprio WikiLeaks, após concessão fiança pelo Supremo Tribunal de Londres.

    Julian Assange vai comparecer perante o tribunal no dia 26 de junho, em Mariana Islands, nos Estados Unidos. Na ocasião ele deve assinar acordo judicial com o governo dos EUA. No vídeo divulgado pelo WikiLeaks é possível ver Assange assinando um documento e também embarcando em um avião, no aeroporto de Stansted, Inglaterra.

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    O Washington Post obteve acesso a documentos oficiais da liberação. Neles, a Assange se declara culpado por “conspirar ilegalmente para obter e disseminar informações classificadas e relacionadas com a segurança nacional dos Estados Unidos“. A Segurança Nacional é uma preocupação constante dos EUA e faz parte de suas alegações na briga com o TikTok.

    Apesar de se declarar culpado, Julian Assange vai retornar para Austrália, seu país de origem. Ao que tudo indica, após assinar os documentos o criador da WikiLeaks não vai passar mais tempo na prisão.

    Julian AssangeJulian Assange
    CRÉDITOS: WikiLeaks

    Julian Assange foi preso em 2019 na embaixada do Equador. Ele era o editor chefe do WikiLeaks, um portal internacional que publicou informações confidenciais dos Estados Unidos. Os documentos foram obtidos pelo oficial Chelsea Manning e continham detalhes sigilosos das guerras no Afeganistão e Iraque.

    Durante o ano de 2010, Assange também foi acusado de assédio sexual por duas mulheres na Suécia. O caso foi deixado de lado pela justiça do país em 2017, por falta de evidencias. Depois dos problemas, o criador da WikiLeaks pediu asilo na embaixada de Londres no Equador. Ele viveu no local por diversos anos, mas acabou sendo preso pelo serviço de polícia de Londres.

    Julian Assange passou 1.901 dias na prisão de segurança máxima de Belmarsh, na Inglaterra. No comunicado oficial, o WikiLeaks celebrou a soltura do seu criador. Agora, basta Assange assinar o acordo nos Estados Unidos e ele será oficialmente um homem livre que não deve mais nada à justiça. Isso se ele não se envolver em novas polêmicas com arquivos confidenciais.

    Fonte: Engadget

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