Uma greve por tempo indeterminado foi deflagrada pelos trabalhadores dos Correios em nove estados brasileiros, após assembleias realizadas na quarta-feira (7). A paralisação, que teve início às 22h do mesmo dia, conta com a adesão de carteiros, motoristas e outros profissionais da área de tratamento e atendimento.

    Os sindicatos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins aderiram ao movimento grevista. A principal reivindicação dos trabalhadores é a redução da coparticipação no plano de saúde, considerada excessivamente onerosa.

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    Além disso, a categoria exige um reajuste salarial que acompanhe a inflação, acrescido de um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda em 2024.

    Em resposta às demandas dos trabalhadores, os Correios propuseram um reajuste de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025, além de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024. A empresa também ofereceu um aumento de 20% para motociclistas e motoristas.

    No que diz respeito ao plano de saúde, os Correios informaram que a redução da coparticipação de 30% para 15% está prevista para o próximo mês, após a realização de ajustes necessários para adequação às normas vigentes.

    Apesar das propostas da empresa, os trabalhadores decidiram manter a greve. Segundo Douglas Ramos, diretor de comunicação da Findect e Sintect, a empresa demonstrou incapacidade de responder adequadamente às necessidades dos trabalhadores, mesmo após 14 reuniões de negociação.

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    A paralisação nos Correios impacta diretamente a população, que depende dos serviços da estatal para o envio e recebimento de correspondências, encomendas e outros itens. A empresa afirma que as agências permanecem abertas e que todos os serviços estão disponíveis, mas admite que podem ocorrer atrasos devido à greve.

    A greve está mantida até a próxima rodada de negociações, prevista para a próxima semana. A expectativa é que as partes cheguem a um acordo que atenda às demandas dos trabalhadores e permita a normalização dos serviços dos Correios.

    Via: Metrópoles

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