Créditos: Divulgação/NASA

    A China deu início a uma missão espacial sem tripulação na última semana. O objetivo é coletar rochas e solo do lado mais distante da Lua, algo nunca realizado por missões espaciais anteriores. O lançamento aconteceu na última sexta-feira do Centro de Lançamento Espacial de Wenchang, na ilha de Hainan.

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    Localizada ao sul do país, a ilha de Hainan testemunhou o lançamento do foguete Long March-5, o maior da China. Ele é o responsável por transportar a sonda Chang’e-6 em segurança para a Lua. Ela pesa mais de 8 toneladas, de acordo com registros revelados recentemente.

    Foto: Mathew Schwartz/Unsplash

    A sonda Chang’e-6 tem como missão pousar na Bacia do Polo Sul-Aitken, uma região do lado lunar que está permanentemente voltada para o oposto da Terra. Após o pouso, a sonda está programada para coletar e retornar amostras à Terra.

    Cientistas, diplomatas e representantes de agências espaciais de países como França, Itália, Paquistão e da Agência Espacial Europeia estiveram presentes no lançamento. Eles têm cargas úteis destinadas ao estudo da Lua a bordo da Chang’e-6.

    Contudo, não houve participação de organizações dos Estados Unidos no envio de cargas úteis, devido a uma legislação norte-americana que proíbe colaborações entre a NASA e a agência espacial chinesa. Dessa forma, o país acabou ficando de fora desta primeira expedição realizada pela China.

    Após a separação do foguete, a sonda levará aproximadamente quatro a cinco dias para alcançar a órbita lunar e está previsto que pouse no início de junho. Uma vez na Lua, a Chang’e-6 dedicará dois dias para escavar e coletar cerca de 2 quilogramas de amostras antes de retornar ao nosso planeta, com pouso esperado na região da Mongólia Interior.

    Foto: Divulgação/NASA

    A janela de tempo para a coleta de amostras no lado distante é de 14 horas, enquanto que para o lado mais próximo é de 21 horas. As amostras trazidas pela missão Chang’e-5 já permitiram aos cientistas descobrir novos detalhes sobre a Lua, incluindo uma datação mais precisa das atividades vulcânicas lunares e a descoberta de um novo mineral.

    Além disso, a missão Chang’e-6 faz parte de um projeto de longo prazo que inclui a construção de uma estação de pesquisa permanente na Lua, a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), liderada por China e Rússia.

    A construção dessa estação proporcionará um posto avançado para a China e seus parceiros prosseguirem com a exploração do espaço. Segundo Wu Weiren, principal projetista do Projeto de Exploração Lunar Chinês, um “modelo básico” da ILRS deverá ser construído até 2035.

    Fonte: Reuters

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