Créditos: Pawel Czerwinski/Unsplash

    Um vazamento massivo de dados internos do Google revelou a exposição de informações sensíveis de milhares de usuários, incluindo crianças, e até mesmo dados confidenciais da Nintendo. O incidente, que abrange um período de seis anos, levanta sérias questões sobre a capacidade da gigante da tecnologia em proteger a privacidade e segurança das informações que coleta.

    O banco de dados interno obtido pelo 404 Media detalha uma série de falhas de segurança em produtos do Google e de terceiros, abrangendo desde erros humanos até vulnerabilidades em sistemas. Entre os casos mais alarmantes, destaca-se a transcrição e armazenamento de números de placas de carros pelo Google Street View, a exposição de mais de um milhão de endereços de e-mail de usuários do Socratic.org (incluindo crianças) e a gravação inadvertida de áudios de cerca de mil crianças por um serviço de voz do Google.

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    Além disso, um cliente governamental do Google Cloud, que deveria ter seus dados protegidos, foi migrado acidentalmente para um produto de nível consumidor, colocando em risco informações sensíveis. E em um caso envolvendo a Nintendo, um funcionário do Google acessou vídeos privados da empresa e vazou informações confidenciais antes de anúncios oficiais.

    Google Cloud admite falha e explica exclusão acidental de conta

    O Google alega que todos os incidentes reportados foram investigados e resolvidos na época. No entanto, a quantidade e a gravidade dos casos revelam uma preocupante fragilidade nos sistemas de segurança da empresa e levantam dúvidas sobre a efetividade das medidas adotadas para proteger os dados dos usuários.

    A exposição de dados de crianças, endereços residenciais e informações confidenciais de empresas parceiras como a Nintendo demonstram que mesmo uma empresa com os recursos do Google não está imune a falhas de segurança. O incidente serve como um alerta para a necessidade de maior transparência e investimento em medidas de proteção de dados, tanto por parte das empresas quanto dos órgãos reguladores.

    Fonte: 404 Media

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