Créditos: Nicolas Thomas/Unsplash

    A sonda espacial da China enviada para o lado oculto da Lua conseguiu pousar com sucesso neste último domingo (2). A ideia é conseguir coletar amostras de solo e rochas que podem fornecer informações sobre as diferenças entre essa região menos explorada e o lado visível.

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    O módulo de pouso tocou a superfície lunar às 6h23 do horário de Pequim, em uma enorme cratera conhecida como Bacia do Polo Sul-Aitken. A informação foi revelada pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA).

    Foto: Reprodução/CCTV

    Esta missão é a sexta do programa de exploração lunar Chang’e, batizado em homenagem a uma deusa da lua da mitologia chinesa. É a segunda missão projetada para trazer amostras de volta à Terra, seguindo os passos da Chang’e 5, que realizou uma tarefa similar no lado visível da Lua em 2020.

    A China já colocou sua própria estação espacial em órbita e envia tripulações regularmente para lá. Isso porque o país tem a ambição de enviar um ser humano à Lua até 2030, o que faria da China a segunda nação a alcançar esse feito, após os Estados Unidos.

    Na missão atual da China, o módulo de pouso utilizará um braço mecânico e uma broca para coletar até 2 quilos de material da superfície e do subsolo lunar ao longo de aproximadamente dois dias.

    Um módulo levará as amostras em um recipiente de vácuo metálico de volta para outro módulo que está em órbita ao redor da Lua. Este recipiente será então transferido para uma cápsula de reentrada, que deve retornar à Terra nos desertos da região da Mongólia Interior da China por volta de 25 de junho.

    Foto: Reprodução/CNSA

    Missões para o lado oculto da Lua são mais desafiadoras devido à sua posição, que não enfrenta a Terra. Dessa forma, acaba exigindo um satélite de retransmissão para manter as comunicações. O terreno também é mais acidentado, com menos áreas planas para pouso.

    A Bacia do Polo Sul-Aitken, uma cratera de impacto criada há mais de 4 bilhões de anos. Ela tem 13 quilômetros de profundidade e um diâmetro de 2.500 quilômetros, conforme relatado pela Agência de Notícias Xinhua da China. É a mais antiga e maior dessas crateras, podendo fornecer informações preciosas sobre as primeiras eras da Lua.

    Fonte: Apnews

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