Créditos: Prometheus/Unsplash

    Em uma reviravolta surpreendente, a Tesla, liderada por Elon Musk, está buscando recontratar parte da equipe responsável pelo Supercharger, o sistema de carregamento rápido da empresa. A decisão ocorre após uma onda de demissões em massa que atingiu a empresa há duas semanas, incluindo a equipe de 500 pessoas dedicada ao Supercharger.

    A rede Supercharger é considerada um dos principais trunfos da Tesla, oferecendo aos proprietários de seus veículos elétricos a capacidade de recarregar rapidamente suas baterias em viagens longas. Com mais de 2.000 estações de carregamento nos Estados Unidos e mais de 25.000 pontos de carregamento, a rede é reconhecida pela sua confiabilidade e eficiência.

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    A importância do Supercharger se intensificou no ano passado, quando diversas montadoras anunciaram a adoção do conector J3400, originalmente desenvolvido pela Tesla, para seus veículos elétricos. Além disso, essas montadoras negociaram acesso à rede Supercharger para seus clientes, o que tornaria o Supercharger ainda mais crucial para o sucesso da Tesla.

    Depois de demitir 14 mil funcionários, Tesla fará mais demissões

    Diante desse cenário, a demissão da equipe responsável pelo Supercharger foi vista com surpresa e preocupação. A rede representa cerca de 5% da receita da Tesla, e esse percentual tende a crescer com o acesso de outras montadoras. A decisão também colocou em risco o desenvolvimento de um carregador mais potente para veículos elétricos de alta voltagem.

    No entanto, Elon Musk anunciou recentemente que a Tesla investirá mais de US$ 500 milhões na expansão da rede Supercharger, revertendo sua decisão anterior de focar na manutenção das estações existentes. Para cumprir essa nova meta, a empresa precisa recontratar parte da equipe demitida.

    Essa não é a primeira vez que Elon Musk volta atrás em decisões impulsivas. Em 2019, ele decidiu fechar todas as lojas físicas da Tesla para financiar uma versão mais barata do Model 3, mas a decisão foi revertida em duas semanas devido às consequências legais do rompimento de contratos de aluguel.

    Fonte: arstechnica

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