A V.tal, empresa de rede de fibra neutra controlada por fundos geridos pelo BTG Pactual, anunciou a aquisição da operação de clientes de fibra óptica da Oi por R$ 5,683 bilhões. A transação, que ainda depende da aprovação dos credores da Oi, marca um importante movimento no setor de telecomunicações brasileiro e resultará na divisão da V.tal em três empresas diferentes.

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    O valor da aquisição ficou abaixo dos R$ 7 bilhões inicialmente almejados pela Oi, mas superou significativamente a oferta de R$ 1 bilhão apresentada pela Ligga, empresa de telecomunicações de Nelson Tanure, no primeiro leilão realizado em agosto deste ano. A proposta da V.tal não envolve desembolso de dinheiro, sendo estruturada através do abatimento de dívidas e pagamento em ações da própria V.tal.

    Com a conclusão do acordo, a V.tal passará por uma reestruturação significativa. Os mais de 4 milhões de clientes de fibra óptica adquiridos da Oi serão incorporados a uma nova empresa, ainda sem nome definido, que será liderada por Márcio Fabbris, ex-vice-presidente de clientes da Vivo. Esta nova entidade atuará de forma independente, competindo diretamente com gigantes do setor como Vivo, Claro e TIM, além das operadoras regionais.

    A segunda empresa resultante da divisão concentrará os ativos de data centers da V.tal e terá Pedro Henrique Fragoso como CEO. Por fim, a V.tal manterá sua identidade original, focando na operação de rede neutra e na prestação de serviços para diversas empresas de telecomunicações.

    A reorganização também traz mudanças na liderança da V.tal. Amos Genish, atual CEO, assumirá a posição de chairman no conselho de administração, afastando-se das funções executivas. Felipe Campos, que ocupava o cargo de vice-presidente da V.tal e possui experiência prévia na Vivo e AT&T, será o novo CEO da empresa.

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    Esta aquisição e subsequente reestruturação posicionam a V.tal como um player ainda mais relevante no mercado de telecomunicações brasileiro. A empresa busca capitalizar a crescente demanda por conectividade de alta velocidade, aproveitando a infraestrutura de fibra óptica para impulsionar seu crescimento nos próximos anos.

    A movimentação também representa um capítulo importante na reestruturação da Oi, que busca se desfazer de ativos para reduzir seu endividamento e focar em áreas estratégicas de negócio. Para o setor como um todo, a transação pode significar uma intensificação da concorrência, potencialmente beneficiando os consumidores com mais opções e melhores serviços.

    Fonte: tele.síntese

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