Em um cenário de crescente tensão comercial, Tim Cook, CEO da Apple, se vê diante de um novo desafio após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas de 2024. O presidente eleito promete implementar medidas que podem impactar significativamente os negócios da gigante de Cupertino.

    As propostas de Trump incluem uma tarifa geral de 10% sobre todos os produtos importados e uma sobretaxa de 60% específica para mercadorias chinesas. A situação é particularmente preocupante para a Apple, que ainda mantém forte dependência da China em sua cadeia produtiva.

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    Embora a empresa tenha explorado alternativas de produção na Índia, grande parte de seus produtos continua sendo fabricada em território chinês, incluindo a linha Mac. A região da Grande China representa aproximadamente 17% do faturamento total da companhia no ano fiscal de 2024.

    O impacto nas vendas já é visível: a receita na região chinesa atingiu US$ 66,9 bilhões em 2024, registrando uma queda de 7,7% em comparação ao ano anterior. A competição com marcas locais de smartphones tem se intensificado, pressionando ainda mais os resultados da empresa.

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    A situação pode se agravar caso o governo chinês decida retaliar as medidas protecionistas propostas pela nova administração Trump, potencialmente prejudicando ainda mais a posição da Apple no mercado asiático.

    No entanto, nem tudo são más notícias para Cook. Especialistas preveem que o governo Trump pode reduzir a pressão antitruste que a empresa enfrenta atualmente nos Estados Unidos, onde é acusada de manter um monopólio ilegal no mercado de smartphones.

    A incerteza sobre o futuro das políticas comerciais mantém o mercado em alerta. Como observa o analista Dipanjan Chatterjee, da Forrester: “A política comercial da nova administração pode ter um impacto material na Apple, especialmente considerando suas dependências críticas com a China, tanto no lado da receita quanto no fornecimento.”

    Fonte: Insider

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