A empresa francesa E-Space acaba de entrar na disputa para revolucionar a forma como nos conectamos aqui no Brasil. Em setembro de 2024, ela teve permissão para operar com uma constelação de até 8.640 satélites de baixa órbita. Para comparação, o dobro dos aproximadamente 4.400 satélites que a Starlink tem autorizados no Brasil atualmente.
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O pedido foi iniciado em julho do ano passado e a liberação foi concedida com pagamento de uma primeira parcela do licenciamento, no valor de R$ 20 mil. A concessão é válida por cinco anos e inclui uma obrigação por parte da E-Space. Para não perder a licença de atuar no Brasil, sua operação deverá começar em até dois anos. Aqui no país, a empresa francesa vai operar por meio da empresa E-Space Brazil Holdings.
Embora a empresa francesa tenha permissão pra colocar em órbita mais satélites do que os da Starlink, os equipamentos da E-Space são menores em relação aos da empresa do Elon Musk, além de terem menor capacidade. Os satélites Semaphore utilizam as frequências UHF/VHF de 340 a 370 MHz (enlace de subida) e de 267 a 297 MHz (enlace de descida).
A E-Space tem um compromisso de sustentabilidade que visa diminuir esse lixo espacial, seja mandando eletrônicos defeituosos de volta pra Terra, destruindo ou minimizando o número de componentes que possam “cair” na Terra durante o retorno dos satélites. Seus satélites também contam com uma estrutura reforçada que faz com que eles não “desmontem” ao colidir com alguma coisa no espaço.
Em resumo, a E-Space é mais uma nova empresa no mercado de internet via satélite que se destaca por sua tecnologia inovadora de coleta de lixo espacial e seu foco em dispositivos IoT. Ela chegou prometendo expandir a cobertura de internet no Brasil (e no mundo) para oferecer serviços de qualidade para consumidores e empresas.