A expectativa de redução nos preços dos monitores OLED pode demorar, conforme indicações da Samsung. Em entrevista ao CanalTech, Marina Correia, gerente de produtos de monitores da empresa no Brasil, esclareceu que os painéis OLED continuarão sendo uma opção premium por um tempo considerável, devido a diversos fatores de mercado e tecnológicos.

    Os monitores OLED, conhecidos por sua qualidade superior de imagem, são posicionados pela Samsung como produtos de alto padrão.

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    “Um monitor premium como o OLED necessita de componentes avançados, como GPUs potentes e processadores de última geração”, comentou Correia durante a entrevista. Este nicho de produtos encontra um público específico no Brasil, que, apesar de limitado, está em crescimento.

    Atualmente, o modelo Odyssey G8, um dos mais recentes lançamentos da marca no país, é comercializado por aproximadamente R$ 12.000. Esse preço elevado é justificado não apenas pela demanda consistente, mas também pelos altos custos de produção associados à tecnologia.

    Além disso, a gerente da Samsung apontou que os gastos contínuos em pesquisa e desenvolvimento são significativos. Dessa forma, aproveitou para citar o desafio do burn-in — uma deterioração que pode ocorrer em telas OLED após longos períodos de uso.

    “Os investimentos em prevenir problemas como o burn-in exigem não apenas recursos financeiros, mas também uma equipe de desenvolvimento ampliada”, explicou Correia. Segundo ela, esses fatores contribuem para que não haja previsões de introduzir a tecnologia OLED em modelos mais acessíveis no curto prazo.

    Apesar dos preços elevados, a expectativa do mercado é que a popularização gradual da tecnologia OLED possa, eventualmente, levar a uma redução de custos. Com o aumento da concorrência e a expansão da produção, espera-se uma influência positiva nos preços ao consumidor. Projeções indicam um crescimento de mais de 100% nas vendas de telas para o ano de 2024.

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    A LG, outro gigante do setor, recentemente investiu quase US$ 1 bilhão em tecnologia OLED. Dessa forma, destinou recursos para o desenvolvimento e a criação de novas fábricas de painéis, reforçando o interesse e o comprometimento da indústria com essa tecnologia avançada.

    Fonte: Adrenaline

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