Piloto de drone é uma das profissões que mais crescem no Brasil e no mundo. No agronegócio, a demanda por esses profissionais é ainda maior, devido à versatilidade dos drones em diversas atividades, como pulverização, mapeamento e monitoramento.
Para atuar como piloto de drone agrícola, é necessário realizar um curso de formação específico, que aborda temas como operação de drones, legislação aeronáutica, segurança e manuseio de agrotóxicos. O curso tem duração média de 30 dias e é oferecido por diversas instituições, públicas e privadas.
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As principais empregadoras de pilotos de drone agrícola são fazendas, usinas, empresas de máquinas agrícolas e de aplicação de agrotóxicos. Os profissionais podem ser contratados por tempo indeterminado, temporário ou como prestadores de serviços.
A remuneração do piloto de drone agrícola varia de acordo com a experiência, a formação e a região do país. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), a média salarial do setor está entre R$ 2 mil e R$ 10 mil.
As vagas que pagam mais são vagas ‘premium’, que exigem mais formação dos pilotos’, relata Josué Andreas Vieira, agente de Desenvolvimento Regional do Sindag. “O problema é que a maioria das pessoas não tem formação suficiente para alcançar esses cargos com salários mais altos. Tanto é que está faltando piloto no mercado”, ressalta Vieira.
Entrevistas do g1 com profissionais do setor apontaram diferentes remunerações:
- De R$ 2 mil a R$ 3 mil fixos, com uma comissão de 5% a 10% sobre hectare pulverizado, segundo donos de empresa e pilotos consultados pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag);
- De R$ 5 mil a R$ 7 mil, com comissões por hectare que, no final do mês, podem proporcionar uma remuneração total de R$ 10 mil, de acordo com consultas a alunos feitas pelo Instituto de Tecnologia Aeronáutica Remotamente Controlada (ITARC);
- De R$ 5,5 mil a R$ 9 mil, segundo a Recrutadora Robert Half, com base nas vagas fechadas e em andamento na empresa.
Vieira, do Sindag, diz que a maior demanda do mercado brasileiro, hoje, está na área de pulverização.
“Já existem muitas empresas que fazem o serviço de mapeamento. Mas ainda não tantas capazes de realizar uma pulverização que seja compatível com esse mapeamento, sabe?“, explica o integrante do Sindag.
Contudo, há exceções. “Na nossa região, o mapeamento está crescendo mais que pulverização“, conta o piloto João Eder Naimeg, que trabalha no município mineiro de Patrocínio (MG), onde há muitas lavouras de café.
“Uma coisa que acontece muito aqui é que, como a região não é muito plana, o produtor planta, fica esperando a chuva e, quando ela vem, leva tudo“.
Neste caso, o mapeamento consegue gerar, por exemplo, imagens e dados capazes de evitar esses desastres, simulando fatores como nível chuvas e altitude do terreno.
“Ao simular as chuvas, a gente faz curvas de nível ou terraços para evitar a erosão, o escoamento das sementes“, explica.
Conclusão
A profissão de piloto de drone agrícola é uma ótima opção para quem busca uma carreira promissora e bem remunerada. No entanto, é importante ressaltar que é preciso se qualificar para atuar no setor.
Fonte: g1