A NASA confirmou a detecção de uma massa incomum na Via Láctea, que se desloca a uma velocidade superior a 1,6 milhão de quilômetros por hora. Denominada CWISE, ela possui uma massa estimada em 27 mil vezes maior que a da Terra, comparável a de uma pequena estrela.

    O projeto Planet 9 inicialmente observou este fenômeno. Entretanto, mais tarde, colaborações que incluem voluntários, acadêmicos e profissionais estudaram-no detalhadamente.

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    O Observatório WM Keck em Maunakea, no Havaí, fez uma das observações mais relevantes. Isso porque eles analisaram que a massa apresenta uma composição com menos ferro e outros metais em comparação a outras estrelas conhecidas. Isso indica que a CWISE pode ser um dos corpos mais antigos já identificados na galáxia.

    Foto: Divulgação/NASA

    De acordo com Kyle Kremer, professor assistente do Departamento de Astronomia e Astrofísica da Universidade da Califórnia, em San Diego, a origem da CWISE pode estar associada a um sistema binário envolvendo uma anã branca que explodiu em supernova.

    De acordo com ele, essa explosão poderia ter lançado a massa ao espaço a uma velocidade extraordinária. Kremer também sugere que a interação com um par de buracos negros em um aglomerado estelar poderia ser responsável pela trajetória incomum da CWISE.

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    “A dinâmica de uma interação envolvendo três corpos, como uma estrela e um sistema binário de buracos negros, pode resultar na ejeção dessa estrela do aglomerado globular, proporcionando velocidades que permitem escapar da gravidade da galáxia,” explicou Kremer ao jornal The Mirror.

    A descoberta da CWISE oferece uma oportunidade única para os astrônomos estudarem os processos de formação e evolução estelar, bem como as dinâmicas de corpos celestes em alta velocidade. A análise pode proporcionar mais insights sobre a composição química e as propriedades físicas das primeiras estrelas da Via Láctea.

    Fonte: O Globo

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