Em um movimento estratégico para ampliar a conectividade no país, a Telebras firmou um acordo preliminar com a SpaceSail, empresa chinesa que compete diretamente com a Starlink de Elon Musk no mercado de internet via satélite.
O memorando de entendimento, assinado nesta terça-feira (19), estabelece as bases para uma futura cooperação entre as empresas, visando a expansão dos serviços de internet de alta velocidade no território brasileiro.
A SpaceSail, que atualmente possui 40 satélites em órbita, apresentou um ambicioso plano de expansão que inclui o lançamento de 648 novos satélites nos próximos 14 meses, com previsão de alcançar impressionantes 15 mil satélites até 2030.
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Segundo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, a parceria representa um passo significativo para a democratização do acesso à internet no Brasil. “Estamos construindo esse acordo para que eles possam ofertar o serviço o mais breve possível“, afirmou.
Para concretizar suas operações no Brasil, a empresa chinesa precisará cumprir uma série de requisitos regulatórios, incluindo a abertura de CNPJ e a obtenção de autorização da Anatel.
A Telebras, por meio de seu presidente Frederico Siqueira Filho, confirmou que disponibilizará sua infraestrutura, incluindo datacenters e redes de fibra ótica, para viabilizar as operações da SpaceSail no país.
O acordo surge após recente visita do ministro Juscelino Filho à China, onde foram discutidas oportunidades comerciais e tecnológicas para o setor de telecomunicações brasileiro.
A tecnologia de satélites de baixa órbita, oferecida pela SpaceSail, é considerada crucial para levar conectividade a regiões remotas do país, onde a infraestrutura tradicional de telecomunicações enfrenta limitações de alcance.
Esta parceria representa uma alternativa à Starlink, de Elon Musk, que já opera no Brasil mas enfrentou dificuldades em concretizar promessas anteriores, como a conexão de 19 mil escolas rurais e o monitoramento da Amazônia.
Especialistas do setor avaliam que a entrada da SpaceSail no mercado brasileiro pode estimular a competição e resultar em benefícios para os consumidores, especialmente em áreas remotas que ainda sofrem com limitações de acesso à internet.
Fonte: MCOM