Em uma descoberta surpreendente, pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Xi’an, na China, confirmaram que a instalação de painéis solares em regiões desérticas não apenas gera energia limpa, mas também transforma positivamente todo o ecossistema local.
O estudo focou no Parque Fotovoltaico de Qinghai Gonghe, uma impressionante instalação de 1 GW localizada no árido Deserto de Talatan, na província montanhosa de Qinghai.
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Para avaliar os impactos ambientais, os cientistas utilizaram o modelo “Condução-Pressão-Estado-Impacto-Resposta” (DPSIR), recomendado pela Agência Europeia do Ambiente.
Os resultados foram notáveis: a área dentro do parque solar obteve uma pontuação de 0,4393, classificada como “regular” pelo modelo, enquanto as áreas de transição e fora do parque foram classificadas como “pobres”, com pontuações de 0,2858 e 0,2802, respectivamente.
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A instalação dos painéis modificou significativamente a distribuição de energia na superfície do deserto, criando um microclima mais favorável à vida. O sombreamento proporcionado pelos painéis, combinado com a redução da pressão do ar, contribuiu para um ambiente mais úmido.
Esta alteração nas condições ambientais resultou em melhorias significativas nas propriedades do solo e promoveu maior diversidade tanto de plantas quanto de microrganismos na região.
“O desenvolvimento fotovoltaico teve um efeito positivo na ecologia e no ambiente das áreas desérticas“, afirmaram os pesquisadores em seu estudo, publicado na revista Scientific Reports.
A equipe de pesquisa agora propõe um monitoramento de longo prazo dos efeitos ecológicos e ambientais das instalações fotovoltaicas, visando maximizar seus benefícios e minimizar possíveis impactos negativos.
Com a crescente demanda por energia renovável, compreender como grandes instalações afetam os ecossistemas locais torna-se crucial para identificar locais adequados para sua construção.
Esta descoberta abre novos horizontes para o aproveitamento de áreas desérticas, tradicionalmente consideradas improdutivas, transformando-as em polos de geração de energia limpa e recuperação ambiental.
Fonte: Scientific Reports