Créditos: Vlad Tchompalov/Unsplash

    Cientistas da Associação Escocesa para Ciências Marinhas (SAMS), em uma expedição nas profundezas do Oceano Pacífico, descobriram uma nova forma de produção de oxigênio. Ela foi apelidada de “oxigênio negro”, que não depende de processos biológicos conhecidos como fotossíntese.

    Este achado ocorreu na zona de fratura de Clarion-Clipperton, a mais de 4.000 metros de profundidade, frente à costa oeste do México. Durante as investigações, que tinham como objetivo inicial avaliar o impacto da mineração de nódulos polimetálicos no ecossistema marinho, os pesquisadores observaram um fenômeno incomum.

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    Foto: Escritório de Exploração e Pesquisa Oceânica da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA

    Isso porque eles relataram um aumento de oxigênio em amostras coletadas do sedimento, mesmo na ausência de luz solar. Esses nódulos são compostos por minerais ricos em metais essenciais para a indústria tecnológica, como manganês, cobre e cobalto.

    Andrew Sweetman, líder do estudo e especialista em ecologia e biogeoquímica de fundos marinhos da SAMS, explicou detalhes sobre o procedimento usual para medir o consumo de oxigênio. Isso porque ele alterou o procedimento ao notar que a concentração de oxigênio na água aumentava sobre os sedimentos, em condições de total escuridão.

    A equipe considerou o resultado surpreendente. Com isso, acabaram repetindo o experimento e confirmaram os resultados a bordo do navio de pesquisa utilizado na região.

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    A pesquisa sugere que a geração de oxigênio pode estar associada a um processo de eletrólise. Dessa forma, acontece onde a corrente elétrica natural presente nos nódulos decompõe as moléculas de água, liberando oxigênio.

    Foto: Franz Geiger/Universidade Northwestern

    “Detectamos uma tensão elétrica na superfície dos nódulos quase tão alta quanto a de uma pilha AA”, detalhou Sweetman, indicando um paralelo entre os nódulos e “baterias dentro de rochas”.

    Este processo, segundo Nicholas Owens, diretor da SAMS, poderia redefinir as teorias sobre as origens da vida na Terra. Isso porque, tradicionalmente, acredita-se que cianobactérias começaram a produzir oxigênio há cerca de 3 bilhões de anos.

    Dessa forma, a nova descoberta aponta para a possibilidade de existência de oxigênio antes dessa época, em condições ambientais extremas e sem a presença de luz.

    Fonte: O Globo

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