RQ-11B Raven Drone militar EUA china

    A China anunciou uma série de restrições à exportação de componentes críticos para os EUA, afetando diretamente a produção de drones militares norte-americanos, em uma nova escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

    A medida faz parte de uma ampla estratégia chinesa de controle de exportações de produtos de uso dual – aqueles com aplicações tanto civis quanto militares. O governo chinês implementou uma lista unificada e simplificada de controle de exportações, exigindo que exportadores chineses divulguem detalhes sobre os usuários finais dos produtos.

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    Esta decisão permite que Pequim identifique melhor as dependências da cadeia de suprimentos dentro do complexo militar-industrial dos Estados Unidos. A China, que domina globalmente a mineração e o processamento de materiais raros, já havia imposto limites à exportação de antimônio, um metal estratégico usado em aplicações militares.

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    O caso da fabricante americana de drones Skydio ilustra o impacto dessas restrições. Após ser sancionada sob a lei anti-sanções estrangeiras da China, a empresa teve seu fornecimento de baterias rapidamente interrompido, comprometendo sua produção.

    As novas regulamentações fazem parte de um conjunto mais amplo de medidas de retaliação chinesas, que incluem a lista de “Entidades Não Confiáveis” (UEL) e a lei anti-sanções estrangeiras, em vigor desde junho de 2021.

    Analistas apontam que estas restrições podem ter consequências significativas para a indústria de defesa americana, especialmente considerando que a China controla grande parte do fornecimento global de minerais críticos necessários para a fabricação de componentes tecnológicos avançados.

    O Global Times, veículo estatal chinês, advertiu em um artigo de opinião que “à medida que a contenção (da China) se intensifica, mais indústrias e empresas americanas, assim como toda a economia, pagarão um preço cada vez mais alto”.

    Especialistas preveem que esta nova rodada de restrições pode acelerar os esforços dos EUA para desenvolver cadeias de suprimento alternativas, embora reconheçam que substituir a capacidade chinesa de processamento de materiais críticos seja um desafio significativo no curto prazo.

    Fonte: Reutes

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