A China está prestes a lançar o primeiro lote de satélites para uma megaconstelação projetada para rivalizar com a rede global de internet da Starlink, da empresa americana SpaceX.

    O lançamento, liderado pela Shanghai Spacecom Satellite Technology (SSST), ocorrerá no Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, um dos principais centros de lançamento de satélites e mísseis da China, localizado na província de Shanxi.

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    Este é um passo importante na estratégia de Pequim de criar sua própria versão da Starlink, uma constelação comercial de banda larga em crescimento que possui cerca de 5.500 satélites no espaço e é usada por consumidores, empresas e agências governamentais.

    A competição para ocupar as órbitas terrestres mais baixas também tem implicações militares, com o potencial de afetar o equilíbrio de poder entre países em guerra.

    O lançamento faz parte do plano “Constelação Mil Velas” da SSST, também conhecido como “Plano G60 Starlink”, que começou no ano passado e visa implantar mais de 15.000 satélites em órbita terrestre baixa (LEO). Os satélites LEO geralmente operam em altitudes de 300 km a 2.000 km da superfície da Terra e têm a vantagem de serem mais baratos e fornecer transmissão mais eficiente do que os satélites em órbitas mais altas.

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    A Starlink, operada pelo bilionário Elon Musk, tem dezenas de milhares de usuários nos Estados Unidos até agora e planeja adicionar dezenas de milhares de outros satélites ao seu sistema, que é o maior do gênero. Pesquisadores chineses do Exército Popular de Libertação (PLA) estudaram nos últimos dois anos o uso da Starlink na guerra na Ucrânia e alertaram repetidamente sobre os riscos que ela representa para a China, caso o país se encontre em um conflito militar com os Estados Unidos.

    A “constelação Mil Velas” da SSST é um dos três planos de “constelação de dez mil estrelas” que a China espera que lhe permita fechar a lacuna com a SpaceX. O plano da SSST é lançar 108 satélites este ano, 648 satélites até o final de 2025, fornecer uma “cobertura de rede global” até 2027 e chegar a 15.000 satélites implantados antes de 2030.

    Via: Reuters

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