Em um movimento estratégico significativo, a Apple estabeleceu uma parceria com a Baidu para implementar recursos de inteligência artificial (IA) em seus produtos na China, com previsão de lançamento em 2025. A colaboração entre as duas empresas busca adaptar os modelos de linguagem avançados da Baidu para proporcionar uma experiência aprimorada aos usuários de iPhone no mercado chinês.
No entanto, o projeto tem enfrentado desafios técnicos significativos. Engenheiros de ambas as empresas estão trabalhando intensamente para aperfeiçoar os modelos de linguagem, que ainda apresentam dificuldades em compreender comandos e fornecer respostas precisas em cenários comuns de uso.
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Um dos principais pontos de tensão envolve questões de privacidade. A Baidu demonstra interesse em reter dados dos usuários de iPhone que realizarem buscas com IA, uma abordagem que conflita diretamente com as políticas de privacidade tradicionalmente defendidas pela Apple.
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A parceria inclui a utilização do modelo Ernie 4.0 da Baidu, anunciado em outubro de 2023. De acordo com Robin Li, CEO da empresa chinesa, o modelo apresenta capacidades aprimoradas em compreensão, geração, raciocínio e memória.
Para viabilizar a implementação, a Apple deverá pagar à Baidu pelo uso do modelo de IA, além de arcar com os custos de adaptação para o ecossistema iPhone. Esta decisão reflete a necessidade da empresa americana em manter sua competitividade no mercado chinês, que representa seu terceiro maior mercado global.
A escolha da Baidu como parceira não foi aleatória. O governo chinês, embora não proíba explicitamente modelos de IA estrangeiros, não prioriza sua aprovação. Assim, a parceria com uma empresa local surge como solução estratégica para a Apple expandir seus recursos de IA no país.
O Ernie 4.0 promete recursos impressionantes, incluindo a capacidade de interpretar solicitações complexas, gerar conteúdo em diversos formatos como texto, imagens e vídeos, além de resolver problemas matemáticos elaborados e criar histórias com informações incrementais.
Apesar dos desafios técnicos e questões de privacidade ainda pendentes, a parceria representa um marco importante na adaptação de empresas ocidentais às particularidades do mercado chinês, especialmente no competitivo setor de inteligência artificial.
Fonte: The Information