A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está desenvolvendo uma proposta que visa impedir a certificação de celulares que operam exclusivamente com tecnologias 2G ou 3G. Caso aprovada, a medida poderá afetar a comercialização e o uso de dispositivos que dependem apenas dessas redes, como celulares, relógios, tablets e rastreadores.
Atualmente, para que um celular seja utilizado sem restrições no Brasil, ele precisa ser certificado pela Anatel. No entanto, aparelhos que não possuem essa certificação ainda podem ser usados, embora enfrentem limitações.
Dessa forma, sem a chancela da agência, dispositivos podem ter dificuldades para se conectar às redes das operadoras brasileiras. Além disso, eles também correrem o risco de não funcionarem corretamente em determinadas regiões ou sob certas condições.
Leia mais
- Anatel endurece regras contra telemarketing
- Samsung Galaxy S24 FE é homologado pela Anatel e já pode ser vendido no Brasil
- Anatel vai premiar quem conseguir bloquear TV Box piratas no Brasil
A Anatel propôs, em consulta pública, certificar apenas aparelhos com tecnologia 4G ou superior. A medida visa acompanhar a evolução das redes de comunicação móvel no país, uma vez que as tecnologias 2G e 3G já não oferecem a mesma eficiência e velocidade que as gerações mais recentes, como 4G e 5G.
Entretanto, a Anatel esclarece que não está em curso um processo para desligar as redes 2G ou 3G no Brasil. Em nota oficial, a agência reforçou que “os novos requisitos de certificação propostos pela Anatel não estão indicando um desligamento das redes 2G e 3G pelas prestadoras”.
Ou seja, os aparelhos já em uso que dependem dessas tecnologias continuarão a funcionar normalmente. A aplicação da nova regra não será imediata. A Anatel abriu uma consulta pública para que a população e as partes interessadas possam se manifestar sobre o tema.
Assim, somente após essa etapa, a agência poderá decidir se a certificação para dispositivos que utilizam apenas 3G ou 2G será suspensa.
Fonte: G1