A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) planeja desativar as redes 2G e 3G no Brasil “no prazo mais rápido possível”. Felipe Roberto de Lima, gerente de Regulamentação da Anatel, deu a informação durante o evento IoT e as Redes Privativas, realizado em São Paulo, nesta última terça-feira (12).

    A medida, no entanto, deve ser implementada de forma gradual. Isso porque a agência tem como objetivo conseguir minimizar impactos aos usuários e ao mercado. Em abril do próximo ano, a Anatel deixará de certificar dispositivos que operem exclusivamente nas redes 2G e 3G.

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    CRÉDITOS: Anatel/Reprodução

    Assim, incentivará a substituição de aparelhos antigos por tecnologias mais recentes. Lima disse que a Anatel pretende “despressurizar essas redes legadas e liberar faixas sub 1 GHz para alocar o 5G”. Eles querem garantir a expansão das redes de quinta geração, que dependem da liberação de frequências ocupadas atualmente pelas redes 2G e 3G.

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    Segundo ele, a Anatel deve conduzir o processo com cautela. Lima acredita que, caso isso ocorra de maneira abrupta, “gerará mais problemas do que benefícios”. A agência pretende estabelecer um prazo de transição razoável para permitir que os usuários se adaptem às mudanças sem sofrerem prejuízos.

    A decisão de encerrar a certificação para dispositivos 2G e 3G faz parte de uma iniciativa maior de regulamentação da certificação de produtos de telecomunicações. A Anatel iniciou uma “segunda onda de regulamentação de certificação” com o objetivo de modernizar o processo, que passou pela primeira revisão em 2019.

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    CRÉDITOS: Anatel

    “A certificação, antes de qualquer coisa, se trata de segurança”, enfatizou Lima. Dessa forma, explicou que o processo tem como objetivo garantir que novos dispositivos atendam a padrões de segurança elevados, sem comprometer a acessibilidade financeira dos consumidores.

    A Anatel reforçou que a descontinuidade da certificação não afetará o funcionamento dos dispositivos 2G e 3G já em operação. O órgão regulador quer garantir que a transição para o 4G e 5G ocorra de forma organizada, com o mínimo de impacto para os usuários atuais.

    Fonte: Telesintese

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