A Samsung enfrenta problemas na produção do chip Exynos 2500 para o Galaxy S25. Agora, um dos engenheiros da companhia sul-coreana atribuiu o problema ao fato dos funcionários estarem “trabalhando pouco”. Segundo ele, o limite máximo de 52 horas semanais reduziu a eficiência da equipe.
O engenheiro fez os comentário ao portal sul-coreano The Chosun Daily, mas não revelou sua identidade. Apesar do lucro da Samsung estar em alta, a empresa enfrentou diversos problemas com os wafers dos chip Exynos 2500.
O governo da Coreia do Sul estuda flexibilizar a carga de trabalho, removendo o limite de 52 horas de trabalho semanal de empresas como Samsung e LG. O objetivo do governo é aumentar a competitividade no segmento de chipsets, após a eleição do presidente Donald Trump nos Estados Unidos.
De acordo com as leis da Coreia do Sul, em empresas como a Samsung a carga horária máxima de trabalho é de 52 horas. Dessas, 40 são horas regulares e 12 horas extras. O engenheiro afirma que pessoas de cargos importantes trabalham fora do expediente, com o objetivo de fugir do limite máximo.
“Em muitos momentos nos últimos anos, precisei deixar trabalho inacabado e ir para casa devido ao limite de 52 horas, mesmo com o prazo do projeto próximo. Por conta disso, alguns funcionários importantes às vezes trabalham fora do expediente, para que suas horas extras não sejam registradas pela empresa“, informou o funcionário anonimamente ao The Chosun Daily.
Ele ainda destacou a pressão pela competição com empresas como a TSMC. Líder no segmento de semicondutores, a TSMC opera sob regime similar, mas possui mais de 100 mil funcionários trabalhando no setor de chips, enquanto a Samsung tem algo em torno de 10 mil pessoas.
Inclusive, rumores recentes apontam suposto desejo da Samsung em terceirizar o processo de produção do chip Exynos, aumentando dessa forma a competitividade da companhia. Não sabemos se a companhia vai realmente alterar sua carga horária semanal, mas a fabricante busca soluções para o setor.
A concorrência com outras empresas, como a TSMC, e eleição de Donald Trump aumentam a pressão na sul-coreana. Resta saber se aumentar a carga horária semanal dos funcionários vai resolver todos os problemas.
Fonte: Jukanlosreve