Em uma ascensão meteórica no mercado brasileiro, o Temu atingiu a marca de 25 milhões de usuários ativos mensais em setembro, consolidando sua presença no Brasil e superando importantes players do comércio eletrônico como Magazine Luiza e Aliexpress.
O aplicativo chinês, que iniciou suas operações no país em junho deste ano, já ocupa a terceira posição no ranking de apps de compras online mais utilizados, ficando atrás apenas do Mercado Livre e Shopee, que contam com 35 e 45 milhões de usuários ativos, respectivamente.
Os números impressionam ainda mais quando analisado o crescimento mês a mês. Entre agosto e setembro, a plataforma registrou um aumento de 31% em sua base de usuários ativos, saltando de 19 para 25 milhões de compradores regulares.
No quesito downloads, o desempenho é ainda mais expressivo. Em seu quarto mês de operação, o Temu alcançou 5,8 milhões de instalações, mais que o dobro dos concorrentes diretos Shopee e Mercado Livre, que registraram 2,5 milhões cada.
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A estratégia da empresa tem se mostrado altamente eficaz no mercado nacional. Com uma política agressiva de descontos e frete grátis, o marketplace fundado pelo bilionário chinês Colin Huang mantém a liderança em downloads desde sua estreia no país.
“Temos que olhar para trás e lembrar quando a Shein e o Ali Express entraram no Brasil, o caminhão de esforço que eles fizeram“, analisa Ana Paula Tozzi, sócia da AGR Consultores e especialista em varejo.
A especialista destaca um diferencial importante do app: a gamificação. “O brasileiro adora novidade em termos digitais, e isso tem um lado encantador, causando um aumento de engajamento na plataforma”, explica Tozzi, referindo-se à roleta de prêmios e descontos oferecida pelo aplicativo.
Apesar do expressivo número de usuários ativos, o Temu ainda não figura entre os líderes em tráfego web. O Mercado Livre lidera com 224 milhões de visitas mensais, seguido por Amazon (170 milhões), Shopee (118 milhões) e Magazine Luiza (107 milhões).
O sucesso inicial do Temu reforça a competitividade do mercado de e-commerce brasileiro, especialmente no segmento mobile, onde as empresas asiáticas têm demonstrado particular expertise em conquistar e fidelizar consumidores.
Fonte: O Globo