A Meta demite aproximadamente duas dúzias de funcionários em Los Angeles após descobrir o uso inadequado de vale-refeição corporativo, em mais uma demonstração da política de eficiência da empresa. Os colaboradores utilizavam o benefício diário de US$ 25 (cerca de R$ 141) para comprar itens não relacionados à alimentação.

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    A decisão vem poucos dias antes de uma reestruturação mais ampla que afetou equipes do WhatsApp, Instagram e Reality Labs, braço da empresa dedicado à realidade aumentada e virtual.

    Entre os produtos adquiridos irregularmente pelos funcionários estavam itens de uso pessoal e doméstico como curativos para acne, taças de vinho e produtos de limpeza, violando as políticas internas da empresa.

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    A prática foi considerada um abuso sistemático do benefício corporativo, que deveria ser utilizado exclusivamente para refeições no ambiente de trabalho. Alguns funcionários acumulavam créditos ou solicitavam entregas em suas residências.

    Um ex-funcionário, que recebia aproximadamente US$ 400 mil anuais (R$ 2,2 milhões), revelou em uma postagem anônima na plataforma Blind que utilizava os créditos para comprar itens como pasta de dente e chá em farmácias locais.

    Segundo fontes internas, colaboradores que cometeram infrações ocasionais receberam apenas advertências. No entanto, aqueles que apresentaram um padrão recorrente de má utilização do benefício foram desligados da empresa.

    A Meta oferece alimentação gratuita aos funcionários da sede no Vale do Silício. Para unidades menores sem refeitório próprio, a empresa disponibiliza créditos em aplicativos de delivery como Uber Eats e Grubhub.

    O benefício é distribuído em três parcelas diárias: US$ 20 para café da manhã, US$ 25 para almoço e US$ 25 para jantar, totalizando US$ 70 (aproximadamente R$ 395) por dia útil trabalhado.

    Esta nova onda de demissões se soma aos cerca de 21.000 desligamentos realizados pela Meta entre 2022 e 2023, período que o CEO Mark Zuckerberg denominou como “ano da eficiência”.

    A empresa, avaliada em US$ 1,5 trilhão, optou por não comentar especificamente sobre as demissões relacionadas ao uso irregular do vale-refeição, limitando-se a confirmar as mudanças estruturais em andamento.

    As ações da Meta atingiram máximas históricas, sendo negociadas a aproximadamente US$ 577 por papel, refletindo a aprovação do mercado às medidas de contenção de custos e ao novo direcionamento estratégico da empresa.

    Fonte: Financial Times

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