O Bluesky, um dos refúgios para os brasileiros desde a suspensão do X, escolheu na semana passada um representante para operar no país. A rede social, que se apresenta como uma versão “menos tóxica” do X, viu um crescimento explosivo de usuários após o bloqueio do concorrente e agora busca consolidar sua presença no Brasil.

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    Bluesky se torna fenômeno entre os brasileiros, com mais de 85% dos usuários

    A falta de um responsável legal foi o que levou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ordenar o bloqueio do X. Este movimento foi um catalisador para o Bluesky, que chegou a receber 2 milhões de usuários em poucos dias e ficou entre os aplicativos mais baixados no país.

    Rose Wang, diretora de Operações do Bluesky, afirma que a liberação do X não vai esvaziar a presença brasileira na plataforma. Ela aposta que o diferencial da rede, de buscar ser um ambiente mais saudável, continuará um atrativo.

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    Criado em 2019 por Jack Dorsey, um dos fundadores do Twitter, o Bluesky nasceu como um projeto interno da rede social hoje controlada por Elon Musk. Em 2021, tornou-se uma plataforma independente com o objetivo de oferecer uma rede social descentralizada, na qual o usuário tivesse mais controle sobre o conteúdo que recebe.

    Nas últimas semanas, o Bluesky buscou se adaptar mais ao gosto local. A primeira onda de usuários brasileiros, em abril, levou à inclusão de GIFs. A leva mais recente fez a plataforma atender outra demanda dos brasileiros: vídeos. A próxima função a ser lançada deve ser o trending topics.

    A proposta descentralizada segue a aposta do Bluesky (literalmente, “céu azul”) de manter um ambiente com baixa carga de toxicidade. Em vez de depender de um único algoritmo, os usuários podem selecionar ou criar feeds temáticos e configurar uma moderação de conteúdo personalizada.

    Aaron Rodericks, que lidera a área de segurança do Bluesky, diz que o modelo híbrido de moderação, que combina rotulação de conteúdo por usuários e moderação centralizada pela plataforma, tem se provado eficiente.

    Até o fim do ano, a empresa planeja lançar um modelo de assinatura com recursos premium, como vídeos mais longos. Anúncios também estão nos planos, mas a empresa quer evitar o modelo tradicional usado por outras redes sociais.

    Wang explica que a rede também lançará opções de monetização para os criadores. Diante das discussões globais sobre remuneração por conteúdo, a executiva diz que, ao contrário de outras plataformas, o Bluesky não suprime links de notícias e entende que é possível desenvolver um formato em que veículos da imprensa sejam remunerados com base em métricas, como o tráfego gerado para publicações.

    Fonte: O Globo

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