A OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, anunciou na última quinta-feira (12) uma nova versão do seu famoso chatbot, impulsionada pela tecnologia de inteligência artificial OpenAI o1. Esta atualização promete aprimorar significativamente as capacidades do ChatGPT, especialmente em áreas que exigem raciocínio complexo.

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    O novo modelo OpenAI o1 foi desenvolvido para superar limitações comuns em chatbots online, como dificuldades com problemas matemáticos simples, geração de código com bugs e ocasionais “alucinações” (informações inventadas). Segundo Jakub Pachocki, cientista-chefe da OpenAI, o diferencial deste modelo está em sua abordagem mais ponderada.

    Este modelo pode levar o seu tempo. Ele pode pensar sobre o problema — em inglês — e tentar dividi-lo e procurar ângulos em um esforço para fornecer a melhor resposta“, explicou Pachocki durante uma demonstração para o The New York Times.

    Durante a apresentação, a equipe da OpenAI mostrou o chatbot resolvendo desafios complexos, como um acróstico (quebra-cabeça de palavras mais elaborado que uma palavra cruzada comum), respondendo a uma pergunta de nível de doutorado em química e até diagnosticando uma doença com base em um relatório detalhado de sintomas e histórico do paciente.

    A nova tecnologia faz parte de um movimento mais amplo na indústria de IA para desenvolver sistemas capazes de raciocinar em tarefas complexas. Gigantes como Google e Meta estão trabalhando em tecnologias similares, enquanto a Microsoft e sua subsidiária GitHub já planejam incorporar o sistema da OpenAI em seus produtos.

    O objetivo principal dessas inovações é criar sistemas que possam resolver problemas de maneira cuidadosa e lógica, seguindo uma série de etapas discretas, cada uma se baseando na anterior, de forma semelhante ao raciocínio humano. Essa abordagem pode ser particularmente útil para programadores, tutores automatizados de matemática e outras disciplinas.

    A OpenAI afirma que o OpenAI o1 também pode auxiliar físicos na geração de fórmulas matemáticas complexas e apoiar pesquisadores de saúde em seus experimentos. O desenvolvimento desta tecnologia envolveu o uso de aprendizado por reforço, um processo que pode durar semanas ou meses, no qual o sistema aprende comportamentos por meio de extensos testes e erros.

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    Apesar dos avanços significativos, os especialistas da OpenAI ressaltam que o sistema ainda não é perfeito. Szymon Sidor, membro técnico da empresa, comentou: “Não será perfeito. Mas você pode confiar que ele trabalhará mais arduamente e terá muito mais probabilidade de produzir a resposta correta.

    O acesso à nova tecnologia já está disponível para assinantes dos serviços ChatGPT Plus e ChatGPT Teams, além de estar sendo oferecida para desenvolvedores de software e empresas interessadas em construir suas próprias aplicações de IA.

    A OpenAI divulgou resultados impressionantes em testes padronizados. No exame qualificatório para a Olimpíada Internacional de Matemática (I.M.O.), o OpenAI o1 alcançou uma pontuação de 83%, um salto significativo em comparação aos 13% obtidos pela tecnologia anterior.

    No entanto, especialistas como Angela Fan, cientista pesquisadora da Meta, alertam que testes padronizados nem sempre refletem o desempenho em situações reais. “Há uma diferença entre resolver problemas e oferecer assistência”, ressaltou Fan, destacando que a capacidade de resolver problemas não necessariamente se traduz em habilidade para auxiliar em tarefas educacionais, por exemplo.

    Com o lançamento do OpenAI o1, a indústria de IA dá mais um passo importante rumo a sistemas mais sofisticados e capazes de raciocínio complexo, prometendo impactar diversos campos, desde a educação até a pesquisa científica.

    Fonte: OpenAI

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