A crescente pressão da TV paga sobre a Ancine (Agência Nacional do Cinema) para combater o sinal pirata tem levado a agência a preparar testes de bloqueio, mas o setor cobra ações mais imediatas. A agência anunciou que realizará dois projetos pilotos no segundo semestre deste ano, visando criar uma plataforma para bloquear sinais piratas.

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    Em nota, a Ancine informou que um dos testes será focado em conteúdo audiovisual, enquanto o outro abordará um evento esportivo ao vivo. Essa iniciativa surge como resposta à pressão das empresas de TV por assinatura, que exigem medidas urgentes contra a pirataria.

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    O avanço dos decodificadores piratas, capazes de abrir sinais da TV paga e outros conteúdos fechados, incluindo streaming, tem sido uma grande preocupação para o setor. Essas práticas ilegais têm causado prejuízos significativos às empresas de conteúdo e TV por assinatura.

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    A ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) expressou preocupação com a posição da Ancine. Em comunicado, a associação criticou a demora da agência em implementar a lei aprovada no início deste ano, que visa combater a pirataria audiovisual.

    Apesar do seu histórico de sucesso e da consonância setorial acerca do necessário combate à pirataria audiovisual, a Ancine ainda não assegurou cumprimento à lei aprovada no início deste ano, mesmo com a vigência imediata a partir de sua publicação“, afirmou a ABTA.

    A associação ressaltou que o combate à pirataria é uma atribuição legal da Ancine desde sua fundação em 2001. Ao longo dos anos, a agência tem contribuído para melhorar o ambiente de negócios, barrando empresas que operam ilegalmente no setor.

    No entanto, a Ancine informou que ainda está trabalhando na definição de critérios, parâmetros e procedimentos para exercer sua nova competência na fiscalização. A agência indicou que essas medidas devem ser implementadas apenas no próximo ano, o que tem gerado frustração no setor de TV paga.

    A demora na implementação de medidas efetivas contra a pirataria tem causado prejuízos significativos às empresas de TV por assinatura. O setor argumenta que cada dia de atraso representa perdas financeiras e um incentivo indireto à proliferação de serviços ilegais.

    Enquanto a Ancine prepara seus testes, o mercado de TV paga continua enfrentando desafios crescentes. A pirataria não apenas afeta a receita das empresas, mas também compromete a qualidade e a diversidade do conteúdo oferecido aos consumidores legítimos.

    Fonte: Folha

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