A rede social Bluesky deu um passo significativo em sua evolução ao anunciar, nesta quarta-feira (11) a implementação de recursos para compartilhamento de vídeos em sua plataforma. Esta novidade chega em um momento estratégico, especialmente após o aumento da demanda por parte dos usuários brasileiros, que buscavam alternativas devido à recente suspensão do X (antigo Twitter) no país.

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    A atualização, disponibilizada na versão 1.91 do aplicativo, marca uma mudança substancial na experiência dos usuários da Bluesky. Anteriormente limitada a imagens estáticas e GIFs, a plataforma agora oferece uma gama mais ampla de possibilidades de conteúdo audiovisual.

    O anúncio oficial foi feito pela própria empresa em sua página, destacando o lançamento gradual da nova funcionalidade. “Bluesky agora tem vídeo! Atualize seu aplicativo para a versão 1.91 ou atualize no desktop!“, comunicou a empresa, agradecendo a paciência dos usuários durante o processo de desenvolvimento.

    Esta implementação não surge do acaso. Na semana anterior ao lançamento, a Bluesky já havia dado indícios de que estava trabalhando nesta direção, publicando um meme que foi inclusive compartilhado pela CEO Jay Graber, sinalizando o iminente lançamento do recurso de vídeos.

    As especificações técnicas do novo recurso foram detalhadas pela empresa. Cada postagem poderá conter um único vídeo, com duração máxima de 60 segundos. Similar a outras plataformas, os vídeos serão reproduzidos automaticamente no feed, com a opção de desativação desta função nas configurações do usuário.

    A Bluesky também estabeleceu limites iniciais para o uso do recurso, permitindo que os usuários publiquem até 25 vídeos de 10 GB por dia. No entanto, a empresa ressaltou que estes parâmetros podem ser ajustados no futuro, demonstrando flexibilidade para adaptar-se às necessidades e feedbacks dos usuários.

    Atenta às questões de conteúdo sensível, a plataforma implementou a opção para que os usuários sinalizem vídeos com conteúdo adulto ou explícito, promovendo um ambiente de uso mais seguro e consciente.

    O timing deste lançamento é particularmente relevante no contexto brasileiro. Após a suspensão do X no país, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), a Bluesky experimentou um crescimento exponencial, registrando mais de 2 milhões de novos usuários.

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    Este influxo massivo de novos membros destaca o potencial da Bluesky como uma alternativa viável no mercado de redes sociais, rivalizando com plataformas estabelecidas como o Threads e ocupando o espaço deixado pelo X.

    Quanto à sua operação no Brasil, a Bluesky mantém uma postura cautelosa. Embora não tenha confirmado a existência de um representante oficial no país, a empresa afirmou estar em contato com sua equipe jurídica para assegurar a conformidade com a legislação brasileira.

    Fonte: Bluesky

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