Em um cenário marcado por polêmicas envolvendo redes sociais, uma nova pesquisa traz dados surpreendentes sobre a relação entre o X (antigo Twitter) e a saúde mental dos brasileiros. Segundo levantamento realizado pela Broadminded, unidade de pesquisa da Sherlock Communications, um terço dos usuários relatou melhora em sua saúde mental após a recente suspensão da plataforma no país.

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    O estudo, que ouviu 1.405 pessoas de diferentes regiões do Brasil, revelou que 74% dos entrevistados já haviam utilizado a plataforma. Destes, aproximadamente 20% já tinham reduzido seu uso antes mesmo da suspensão, citando como motivo principal o contato com conteúdo considerado desagradável.

    Entre os usuários frequentes, que representavam 51% dos entrevistados, a migração para outras redes sociais foi significativa. O Threads emergiu como a principal alternativa, atraindo 22% dos ex-usuários do X, seguido pelo Bluesky, com 15% de adesão.

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    Apesar dos benefícios percebidos para o bem-estar mental, a maioria dos usuários demonstra apego à plataforma. Impressionantes 76% afirmaram que retornariam ao X caso a suspensão seja revertida, enquanto apenas 15% declararam que não voltariam a utilizar o serviço.

    Um dado curioso é que 7% dos entrevistados expressaram sentimentos positivos em relação ao bloqueio, declarando-se felizes ou aliviados com a situação. Este número, embora minoritário, reforça a complexa relação entre os usuários e a plataforma.

    A pesquisa também abordou o impacto da suspensão no acesso à informação. Para 68% dos entrevistados, o X era uma fonte importante de atualização sobre notícias do país, com 76% concordando que as informações circulavam mais rapidamente na plataforma.

    Quanto à decisão judicial que levou à suspensão, as opiniões se dividem: 43% dos usuários discordam da medida tomada pelo STF, enquanto 39% a apoiam. Um percentual significativo de 18% admite não ter conhecimento suficiente sobre o assunto para formar uma opinião.

    O estudo também revelou uma aparente contradição: embora muitos discordem da suspensão, há um consenso sobre a necessidade de maior regulamentação. Aproximadamente 80% dos entrevistados acreditam que a plataforma deve respeitar as leis nacionais, e 70% consideram que ela tem responsabilidade sobre a disseminação de desinformação.

    Fonte: Veja

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